quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

WSBK - Mundial de SuperBike


O Campeonato Mundial de Superbike anunciou em janeiro mudanças radicais em seu regulamento, visando a aumentar o apoio à competição.


Como já havia sido noticiado na divulgação do calendário de 2016, as provas serão realizadas aos sábados e domingos, a prova 1 no sábado e a prova 2 no domingo, a disputa de posições no grid de largada foi deslocada da tarde para a manhã do sábado.
Com esta alteração, aprovada em consulta realizada entre equipes, emissoras de TV e proprietários dos circuitos, a Comissão do SuperBike espera proporcionar uma experiência mais intensa para os aficionados nos fins de semana de provas. A reação dos que acompanham a categoria ainda é uma incógnita, a American Motocycle Association (AMA) utilizou este formato no seu campeonato de Superbike quando administrado pelo Daytona Motosports Group (DMG) sem muito sucesso, entretanto não ficou explícito se o problema eram as provas ou o modo de disputa.
Também houveram modificações nos procedimentos de classificação para o grid de largada das provas do Mundial de SuperSport, que passa a adotar o formato de “Superpole” em duas fases, o mesmo utilizado no Mundial de Superbyke e MotoGP. A qualificação para a largada será disputada em horários estabelecidos durante os treinos livres das sextas-feiras.
Menos visível, mas com potencial de impacto maior são as novas exigências anunciadas para os procedimentos de homologação. Após um período onde o número de unidades produzidas foi crescente, alijando da disputa os fabricantes menores, para esta temporada os números foram drasticamente reduzidos. Em 2016 a quantidade mínima de unidades comercializadas para homologação baixou para 500, metade do exigido no ano passado.
Essa mudança possivelmente foi projetada para refletir o comportamento do mercado para motos esportivas. Vendas têm tido uma queda consistente, embora este comportamento ainda não atinja o mercado das máquinas mais caras, altamente especializadas. A Yamaha produz uma versão especial da sua R1, a R1M, e fontes da Honda indicam para 2017 duas motos diferentes, um modelo otimizado da CBR1000RR para utilização em estrada e uma V4 específica para competições. A comercialização mínima de 500 unidades é coerente neste contexto porque exige das fábricas um esforço de vendas para conseguir a homologação do equipamento. A decisão também atende às reivindicações da Ducati e Aprilia, que apostam na competitividade de suas motos de produção em série e tem a oportunidade de produzir versões customizadas de suas SuperBike com potencial de vendas suficiente para alcançar os números exigidos para homologação.
O regulamento inclui uma limitação para garantir que os custos não adotem uma espiral ascendente, modificações no motor permanecem limitadas e o preço máximo de varejo para um modelo homologado não pode exceder a €40.000 (quarenta mil euros).
O documento também contempla uma concessão adicional foi feita para os fabricantes, permitindo o escalonamento de suas programações de produção. Quando as exigências forem cumpridas, será permitida a homologação de novas motos durante a temporada. A Suzuki é candidata a ser o primeiro fabricante a se beneficiar com esta mudança, a marca nipônica prevê o lançamento de um modelo radicalmente revisto da GSX-R1000 ainda no primeiro semestre de 2016. Embora não seja esperada uma moto Suzuki na classe mundial de SBK este ano, a moto poderia ser homologada e desenvolvida na classe Superstock 1000 durante 2016, preparando para o retorno esperado da Suzuki para WSBK em 2017.
 
 

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