O
Campeonato Mundial de Superbike anunciou em janeiro mudanças radicais em seu
regulamento, visando a aumentar o apoio à competição.
Como
já havia sido noticiado na divulgação do calendário de 2016, as provas serão
realizadas aos sábados e domingos, a prova 1 no sábado e a prova 2 no domingo,
a disputa de posições no grid de largada foi deslocada da tarde para a manhã do
sábado.
Com
esta alteração, aprovada em consulta realizada entre equipes, emissoras de TV e
proprietários dos circuitos, a Comissão do SuperBike espera proporcionar uma
experiência mais intensa para os aficionados nos fins de semana de provas. A
reação dos que acompanham a categoria ainda é uma incógnita, a American
Motocycle Association (AMA) utilizou este formato no seu campeonato de
Superbike quando administrado pelo Daytona Motosports Group (DMG) sem muito
sucesso, entretanto não ficou explícito se o problema eram as provas ou o modo
de disputa.
Também
houveram modificações nos procedimentos de classificação para o grid de largada
das provas do Mundial de SuperSport, que passa a adotar o formato de “Superpole”
em duas fases, o mesmo utilizado no Mundial de Superbyke e MotoGP. A
qualificação para a largada será disputada em horários estabelecidos durante os
treinos livres das sextas-feiras.
Menos
visível, mas com potencial de impacto maior são as novas exigências anunciadas
para os procedimentos de homologação. Após um período onde o número de unidades
produzidas foi crescente, alijando da disputa os fabricantes menores, para esta
temporada os números foram drasticamente reduzidos. Em 2016 a quantidade mínima
de unidades comercializadas para homologação baixou para 500, metade do exigido
no ano passado.
Essa
mudança possivelmente foi projetada para refletir o comportamento do mercado
para motos esportivas. Vendas têm tido uma queda consistente, embora este
comportamento ainda não atinja o mercado das máquinas mais caras, altamente
especializadas. A Yamaha produz uma versão especial da sua R1, a R1M, e fontes
da Honda indicam para 2017 duas motos diferentes, um modelo otimizado da CBR1000RR
para utilização em estrada e uma V4 específica para competições. A comercialização
mínima de 500 unidades é coerente neste contexto porque exige das fábricas um
esforço de vendas para conseguir a homologação do equipamento. A decisão também
atende às reivindicações da Ducati e Aprilia, que apostam na competitividade de
suas motos de produção em série e tem a oportunidade de produzir versões customizadas
de suas SuperBike com potencial de vendas suficiente para alcançar os números
exigidos para homologação.
O
regulamento inclui uma limitação para garantir que os custos não adotem uma
espiral ascendente, modificações no motor permanecem limitadas e o preço máximo
de varejo para um modelo homologado não pode exceder a €40.000 (quarenta mil
euros).
O
documento também contempla uma concessão adicional foi feita para os
fabricantes, permitindo o escalonamento de suas programações de produção. Quando
as exigências forem cumpridas, será permitida a homologação de novas motos durante
a temporada. A Suzuki é candidata a ser o primeiro fabricante a se beneficiar
com esta mudança, a marca nipônica prevê o lançamento de um modelo radicalmente
revisto da GSX-R1000 ainda no primeiro semestre de 2016. Embora não seja
esperada uma moto Suzuki na classe mundial de SBK este ano, a moto poderia ser
homologada e desenvolvida na classe Superstock 1000 durante 2016, preparando
para o retorno esperado da Suzuki para WSBK em 2017.
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