quinta-feira, 30 de março de 2017

MotoGP – RC213V 2017



RC213V 2017


A RC213V 2017 é uma evolução do modelo desenvolvido pela Honda Racing Corporation (HRC) para o mundial de MotoGP em 2012, quando uma mudança radical no regulamento da competição especificou exclusivamente motores quatro tempos, quatro cilindros, capacidade cúbica limitada em 1000 cc e o diâmetro de cada cilindro de, no máximo, 81 mm. O protótipo produzido pela Honda foi identificado como RC213V, RC é o prefixo adotado pela fábrica para modelos de competição,  terceira versão do motor com cilindros em V (RC213V) produzida no século 21 (RC213V).  

O projeto foi um sucesso desde o início, os pilotos oficiais da equipe, Casey Stoner e Dani Pedrosa, venceram 12 das 18 provas do ano, entretanto o título foi conquistado pela consistência de Jorge Lorenzo da Yamaha. A Honda voltou ao topo nos dois anos seguintes, o ápice do desempenho foi em 2014, quando a equipe (Márquez e Pedrosa) venceram 14 das dezoito provas disputadas. 

Os organizadores da MotoGP identificaram que a enorme capacidade de investimentos das fábricas, em particular a Honda, eram um fator de desequilíbrio para as competições e adotaram diversas providências para baixar os custos, facilitar o acesso de mais equipamentos ao grid e tornar as provas mais disputadas. Uma destas medidas obrigou a utilização de um software padronizando desenvolvido pela Magneti-Marelli (Grupo Fiat, Itália), privando a Honda de seu mais eficiente recurso, o gerenciamento eletrônico que permitia controlar a brutal potência do motor.

A moto tem problemas de concepção para adequar-se ao atual regulamento, seu projeto original foi desenvolvido contando com a capacidade do software japonês para dosar de maneira adequada a potência gerada pelo V4 e com a resistência e aderência do pneu dianteiro produzido pela Bridgestone. Pela lógica dos projetistas, o equipamento teria condições de administrar a redução da velocidade em espaço menor antes de iniciar o contorno de uma curva e gerenciar melhor a retomada.

O modelo 2017 (ainda) não tem mudanças visuais de impacto na carenagem, que esconde os resultados do trabalho da fábrica japonesa na entressafra.

Assim como todos os outros fabricantes, a HRC lacrou antes do início da prova no Catar os motores, 35 ao todo, que devem ser utilizados pelos pilotos que participam da temporada com equipamentos Honda (Márquez, Pedrosa, Crutchlow, Miller e Rabat). Os V4 da temporada passada, com a sequência de disparo em intervalos regulares separados por 180° (característica dos motores “Screamer”), foram substituídos por unidades que aproximam os pontos de ignição (característica “Big Bang”). A Honda não divulgou como esta distribuição é realizada, informações vazadas indicam que dois pistões disparam juntos e o par restante em um momento ligeiramente diferente. Estas mudanças são direcionadas para aumentar o desempenho das motos em curvas e fornecer maior potência na retomada de aceleração.

O chassi de 2017 foi modificado para permitir a máxima estabilidade em curvas, montado em longarinas de alumínio (twin-spar) é extremamente leve e fornece a rigidez ideal e as características necessárias para conter e entregar a potência do motor para o pneu traseiro. O conjunto apresenta flexibilidade ideal, cuidadosamente projetada para melhorar a aderência do pneu.

A RC213V é equipada com uma atualização das suspensões Ohlins para ambas as rodas. A suspensão fornece a ligação essencial entre a roda e o chassi, sua função é manter o pneu em contato com o piso e produzir a aderência máxima compensando as rugosidades da pista. A calibragem da suspensão é vinculada às características de cada piloto e a Repsol Honda mantém um engenheiro da Ohlins dedicado a cada equipamento.

O sistema de escapamento da RC213V 2017 migrou para o SC-Project (Milão, Itália), abandonando a tecnologia Termignoni (Predosa, Itália) utilizada na temporada passada. O novo sistema tem visual semelhante ao anterior, mas é um pouco mais reto e mais angular, com um cano de escapamento bem mais longo. O novo arranjo foi desenvolvido considerando as características do motor “Big Bang”, como mais um detalhe para otimizar a potência.

Uma análise mais detalhada das características identificou em Losail que o sistema de freios é diferente para cada piloto da Repsol Honda. A RC213V #93 é equipada com um disco de freio traseiro ventilado, na #26 é sólido. Esta diferença já foi identificada em algumas provas na temporada passada, confirma que o estilo de condução de Márquez é diferente de Pedrosa e exige mais dos freios.

segunda-feira, 27 de março de 2017

MotoGP - A Abertura da Temporada no Catar


Maverick Vinales em Losail

A abertura do Mundial de MotoGP deste ano foi realizada, como acontece desde 2007, na pista de Losail, no Catar. O circuito, incluído no calendário do campeonato organizado pela FIM em 2004, foi construído em pleno deserto, ao norte de Doha, e em seus treze anos de história presenciou alguns GPs memoráveis.

A primeira prova da MotoGP no Catar aconteceu em 2004, foi a 13ª etapa da temporada e exigiu um enorme sacrifício dos pilotos. Disputada sob um calor escaldante de 40°C (51°C na pista), dos 22 pilotos que se apresentaram para a largada só treze concluíram a corrida, que ficou marcada por uma esperteza patrocinada pelos italianos Valentino Rossi (Yamaha) e Max Biagi (Honda). Os ventos do deserto levaram areia para a pista, prejudicando a aderência dos pneus durante as sessões de treinos livres e qualificação. Os italianos classificaram-se em 8° e 12° lugares e, para melhorar a aderência na largada, mandaram limpar os respectivos slots do grid durante a noite. A manobra foi denunciada, os dois foram penalizados e largaram nos últimos lugares. Este episódio causou um estremecimento na amizade entre Rossi e Sete Gibernau, o vencedor da prova, que foi responsabilizado pela punição dos italianos.

Casey Stoner, Loris Capirossi e Toni Elias protagonizaram uma fantástica disputa pelas primeiras posições do grid na segunda etapa da temporada de 2006. Ao final da sessão de qualificação a diferença entre Stoner (Honda), Capirossi (Ducati) e Elias (Honda) foi de apenas 0,052 segundos. Rossi obteve neste ano a sua segunda vitória no Catar, seguido por Nicky Hayden, que conquistou o campeonato no ano.

A etapa de 2008 foi a primeira da MotoGP disputada durante a noite. As condições de temperatura mais amenas aliviaram a pressão sobre os pilotos, e a pintura das motos realçada por poderosos holofotes em horário mais palatável para o público ocidental proporcionaram maior audiência. A prova histórica também é lembrada pela pole do estreante Jorge Lorenzo da equipe Yamaha, que no final obteve a segunda colocação atrás de Casey Stoner (Ducati).

Embora a expectativa de precipitação pluviométrica no deserto seja ínfima, a Lei de Murphy é inflexível e a corrida de 2009 foi cancelada por chuva intensa no horário da prova. A etapa foi postergada para o dia seguinte, causando diversos problemas de logística para as equipes e emissoras de TV que cobriram o evento.

Em 2013 Márquez conseguiu em seu primeiro mundial o cobiçado título da classe principal. Na primeira prova da temporada de 2014 as dificuldades enfrentadas pelo imberbe piloto da Honda na defesa de seu título foram Valentino Rossi (Yamaha), Stefan Bradl (LCR Honda) e a chuva. Bradl caiu com 8 voltas, deixando Rossi na liderança. Márquez conseguiu ultrapassar o Doutor faltando 10 voltas para o final e foi pressionado sem tréguas pelo multicampeão italiano. O espanhol resistiu aos ataques de Rossi e os dois pilotos cruzaram a linha de chegada separados por apenas 0,259 segundos.

Uma das melhores apresentações de Valentino Rossi na MotoGP aconteceu no Catar em 2015, depois de uma classificação infeliz para a largada, apenas o oitavo lugar (em uma época onde as vitórias eram monopólio dos quatro fantásticos, Rossi, Lorenzo, Márquez e Pedrosa). O Doutor fez uma corrida consistente galgando postos gradativamente até alcançar a liderança faltando duas voltas, e venceu com uma vantagem de 0,174 segundos sobre a Ducati de Andrea Dovizioso.

A vitória de Maverick Vinales este ano foi uma confirmação das previsões, ele tem sido o mais rápido desde os primeiros testes para a temporada. O clima, sempre ele, tentou ofuscar o protagonismo do jovem piloto espanhol e causou um atraso de 40 minutos para o início da prova, bagunçando os planos de cobertura da TV. Vinales partindo da pole não conseguiu uma boa largada, foi beneficiado pelas quedas de Johann Folger e Andrea Iannone, enfrentou alguma dificuldade com a capacidade de aceleração e velocidade final da Ducati de Dovizioso, assumiu a liderança nas últimas voltas e obteve uma vitória convincente.

O início da temporada de Vinales é muito semelhante ao de Lorenzo em 2016, melhores tempos na pré-temporada, domínio nos treinos, pole e vitória. Entretanto a felicidade do novo piloto da Yamaha no degrau mais alto do pódio contrastou com a atitude do antigo campeão, que durante as comemorações em 2016 destilou sua mágoa sinalizando para todos calarem a boca.  

As más notícias deste ano foram reservadas para os pilotos que competem com as RC213V, incluindo o atual campeão Marc Márquez. A máquina da Honda ainda padece pela falta de aceleração, o motor para este ano foi radicalmente modificado e os intervalos de ignição alterados, o que implicou para a HRC descartar todo o aprendizado e mapas de especificação da eletrônica do ano passado. O comportamento dos protótipos da Honda nas pistas também é diferente de todos os demais fabricantes, seus pilotos freiam muito mais tarde e exigem muito mais dos pneus. Na prova do Catar a Michelin sinalizou que seria impossível alcançar a temperatura ideal do pneu dianteiro com compostos duros em uma pista úmida, os pilotos foram orientados para trocaram para os intermediários, que deterioraram muito rápido. Márquez, Pedrosa e Crutchlow tiveram pneus para apenas meia prova.

A vitória convincente de Vinales o credenciou como forte candidato para disputar o título deste ano, mas a experiência ensina que não é salutar desconsiderar o talento de Valentino Rossi e a capacidade de recuperação da Honda. Lorenzo começou 2016 nadando de braçada, e terminou como todos lembram.

segunda-feira, 20 de março de 2017

O Maior Espetáculo da Terra

Houve um tempo em que a chegada de um circo a uma cidade era um grande acontecimento. Tinha um desfile por ruas da cidade com os artistas paramentados, jaulas com animais exóticos, precedido por um mestre de cerimônias que anunciava “O Maior Espetáculo da Terra”. A revolução das comunicações acabou com isto, atrações extraordinárias estão ao alcance dos curiosos através de smartphones, tablets ou computadores, disponíveis em sites de variedades ou serviços de vídeos disponíveis na internet.

Em termos de esporte motorizado, qual o evento digno de ostentar a qualificação de maior espetáculo da terra? Qualquer GP de Fórmula 1 ou MotoGP pode ser descartado, embora atraiam multidões aos circuitos e contabilizem milhões de telespectadores no mundo todo, são eventos de curta duração e sujeitos ao controle rigoroso de horários para contemplar as necessidades das emissoras de TV. Uma etapa tem a duração de quatro dias, de quinta a domingo, com um rígido cronograma. Eventos que contemplem tradição, cobertura jornalística e integração com a comunidade como as 500 Milhas de Indianápolis, 24 Horas de Le Mans e, em motovelocidade, o Isle of Man TT são os candidatos naturais.

500 Milhas de Indianápolis
As 500 Milhas de Indianápolis foram disputadas pela primeira vez em 1911. O circuito oval de 2,5 milhas sempre conservou o mesmo formato, um retângulo com os cantos arredondados. O piso de tijolos recebeu uma camada de asfalto em 1960, conservando no ponto de largada uma faixa de 1 metro com material original, que é sua marca registrada. A pista em seu formato clássico esteve no calendário da F1 entre 1950 e 1960. Embora seja uma prova oficial do calendário de Formula Indy, as 500 milhas são disputadas por pilotos de diversas nacionalidades e contabiliza em seus cem anos de disputas vitórias de quatro brasileiros, Hélio Castroneves em três oportunidades, Emerson Fittipaldi duas vezes e Tony Kanaan e Gil de Ferran, uma vez cada.

A prova das 500 Milhas é realizada no último domingo de maio, entretanto o detalhado cronograma do evento inicia bem antes. Este ano as atividades oficiais começam em 16 de maio, com orientações para os novatos e início dos testes livres, dia 20 é realizada a primeira seção de qualificação, os 9 mais rápidos se habilitam a disputar a pole, os que obtiverem entre o décimo e trigésimo terceiro tempos são qualificados para compor o resto do grid, todos os restantes estão excluídos da competição. Importante, a classificação é do carro, não do piloto e é possível um condutor obter a qualificação na pista e ceder o assento para outro disputar a prova. No dia 21, em seções separadas, é definida a ordem de largada. O dia 26 está programado para a prática de pit-stops, dia 27 é reservado para integração dos pilotos com o público, incluindo seções de autógrafos. No dia da corrida (28/05) o protocolo a ser seguido inclui a apresentação dos pilotos ao público, hino nacional e sobrevoo de caças militares em formação, até ser pronunciada pela proprietária do circuito a frase mais icônica do automobilismo: “ Cavalheiros, liguem seus motores”, autorizando os procedimentos iniciais para o início da prova.

A maior velocidade já cronometrada na pista de Indianápolis é de 385,052 km/h, obtida por Arie Luyendyk em um teste não oficial em 1996, a prova com maior velocidade média incluindo os tempos de pit-stops, 187,433 km/h, foi vencida por Tony Kanaan em 2013.

Os números são grandiosos, o autódromo tem acomodações para 200.000 espectadores e estima-se que no dia da prova mais de 300 mil pessoas tenham acesso ao local onde o circuito está localizado. A cobertura de TV neste ano está comercializada para 213 países, com possibilidade de atingir mais de 292 milhões de domicílios.



Isle of Man TT

O Troféu Turismo da Ilha de Man é um evento anual de motovelocidade programado para os meses de maio ou junho utilizando um traçado de 60,72 km, 265 curvas, que inclui de rodovias e trechos urbanos da pequena ilha de Man, uma comunidade autônoma localizada no mar entre a Irlanda e o Reino Unido. A primeira prova foi realizada em maio de 1907.

O formato da prova, por utilizar vias públicas fechadas para a circulação, limita a disputa direta entre competidores e a corrida é realizada na modalidade contra o relógio. O evento completo consiste em uma semana de treinos seguidos por uma semana de corridas. Por uma tradição iniciada em 1920, qualquer motociclista pode rodar pelo circuito no chamado “Domingo Louco”, um evento informal e não oficial celebrado no domingo entre a semana de práticas e a semana de corridas.

Os equipamentos que participam do Ilha de Man TT, como o nome Tourist Trophy sugere, são motos de produção em série, divididas em diversas classes. A SuperStock, utiliza máquinas até 1000cc muito semelhantes as motos de estrada, com poucas modificações permitidas. A categoria é ideal para iniciantes porque proporciona ao piloto uma chance de mostrar seu talento sem investir muito. SuperTwins são máquinas de cilindro duplo, quatro tempos, comercializadas originalmente para uso rodoviário com motor de até 650cc refrigerado a água. A classe SuperSport caracteriza motos de estrada, com motores quatro cilindros, quatro tempos entre 400cc até 650cc, ou três cilindros e capacidade cúbica entre 600cc até 675cc. A classe mais elaborada contempla motos de estrada entre 1000cc e 12000cc com preparação específica para competições. Uma prova da principal categoria consiste de apenas 6 voltas no percurso do circuito.

A prova da ilha de Man é um evento diferenciado. Enquanto no MotoGP muitos consideram que Valentino Rossi, com seus 38 anos, já é velho para competir, a Honda montou para o evento deste ano uma equipe experiente, Guy Martin (35) e John McGuinness (44) para competir com a CBR1000RR Fireblade SP2. Martin é o recordista de velocidade no circuito, 340 km/h, e McGuinness é considerado uma lenda viva com 23 triunfos na ilha.  O recorde de volta do circuito pertence a Michael Dunlop que, em 2016 a bordo de uma BMW S 1000 RR, completou um giro em 16:53,929 minutos, velocidade média de 215,591 km/h. A prova fez parte do calendário do mundial de motovelocidade até 1976, quando foi descartada por razões de segurança.



24 Horas de Le Mans

Existem três caminhos que conduzem ao traçado de 13.650 metros do Circuit de la Sarthe na França, o WeatherTech SportsCar Championship na América, o ELMS (European Le Mans Series) e o WEC (World Endurance Series), todos são disputados com carros desenvolvidos para participar da principal prova do Campeonato Mundial de Endurance da FIA, as 24 Horas de Le Mans. A prova é disputada anualmente desde 1923 e, por algumas semanas, transforma uma região agrícola do norte da França na capital do automobilismo mundial.

No grid de largada deste ano estão inscritos 60 carros, 6 na categoria LMP1 (Le Mans Protótipos 1), 2 Porsche, 3 Toyota e 1 Nissan, 25 carros disputam a LMP2, com a participação confirmada de Nelson Piquet Jr, Rubens Barrichello e Bruno Senna, a LMGTE Pro comparece com 13 carros, um deles com a participação de Pipo Derani e 16 na LMGTE Am.

O dinamarquês Tom Kristensen é o recordista em vitórias individuais, 9 ao todo, o construtor mais laureado é a Porsche, que venceu 18 vezes. A dupla Helmut Marko e Gijs Van Lennep conduziu em 1971 um Porsche 917K durante 5.335 km em uma velocidade média de 222,304 km/h, em uma época onde o circuito não tinha chicanes. Esta marca resistiu durante 39 anos e só foi ultrapassada por um Audi R15 TDi em 2010, que completou um total de 397 voltas percorrendo uma distância total de 5.410,713 km.




Até em razão do formato dos eventos, a prova com maior apelo da mídia é as 500 Milhas de Indianápolis. A cobertura total dos eventos pela TV e controle de audiência são impraticáveis em circuitos extensos e provas de longa duração. As três provas têm muita tradição, apoio irrestrito das comunidades onde são realizadas e são consideradas referências no esporte motorizado.  

quarta-feira, 8 de março de 2017

MotoGP - Os Números de 2017


Pilotos inscritos no Mundial de MotoGP 2017 
(e seus  números de títulos e vitórias) 



     * Número de vitórias contempla todas as categorias
     * Número de títulos da MotoGP inclui a categoria 500cc
     * Número de títulos da 250cc inclui a categoria Moto2
     * Número de títulos da 125cc inclui a categoria Moto3

Os números da MotoGP antes do início da temporada 2017 incluem:
  • Seis fábricas envolvidas, três japonesas (Yamaha, Honda e Suzuki), duas italianas (Ducati e Aprilia) e uma austríaca (KTM);
  • A Ducati fornece 8 motos em 4 equipes (oficial, Avintia, Aspar e Octo Pramac), a Honda participa com 5 unidades em três equipes (oficial de fábrica, Marc VDS e LCR), Yamaha com 4 (oficial e Tech 3). Aprilia, KTM e Suzuki participam apenas com 2 cada, exclusivamente com as representações de fábrica;
  • Vinte e três pilotos, dez espanhóis (Aleix Espargaro, Alex Rins, Alvaro Bautista, Dani Pedrosa, Hertor Barbera, Jorge Lorenzo, Marc Márquez, Maverick Vinales, Pol Espargaro e Tito Rabat), quatro italianos (Andrea Dovizioso, Andrea Iannone, Danilo Petrucci e Valentino Rossi), quatro britânicos (Bradley Smith, Cal Crutchlow, Sam Lowes e Scott Redding), dois franceses (Johann Zarco e Loris Baz), um alemão (Jonas Folger), um tcheco (Karel Abraham) e um australiano (Jack Miller);
  • A média da idade dos pilotos inscritos na temporada é 27 anos, o mais velho é Valentino Rossi com 38, o mais jovem é Alex Rins com 21 anos;
  • O conjunto de todos os pilotos já participou de 3.762 largadas em provas oficiais dos mundiais de todas as categorias, 1.822 em etapas válidas da categoria MotoGP;
  • Valentino Rossi é piloto com maior número de presenças em etapas de campeonatos oficiais, 347, sendo 288 na MotoGP. O menos experiente é Sam Lowes, apenas 54 participações, nenhuma ainda na principal categoria;
  • Um único piloto participa de campeonatos oficiais a mais de 20 anos, Valentino Rossi, onze estão competindo entre 10 e 20 anos e onze contabilizam menos que 10 anos;
  • O maior número de campeonatos mundiais conquistados por pilotos inscritos em 2017 pertence a Valentino Rossi, 9 mundiais, 7 na MotoGP, 1 na 250cc e 1 na 125cc. Jorge Lorenzo tem 3 títulos da MotoGP e 2 na 250cc, cinco ao todo. Marc Márquez também tem 5 títulos, 3 na Moto GP, 1 na 250cc e 1 na 125cc; 
  • Três pilotos inscritos, Danilo Petrucci, Aleix Espargaró e Loris Baz, nunca conseguiram uma vitória em provas oficias, em qualquer categoria;
  • O piloto mais eficiente (considerando o número de vitórias em relação ao número de largadas em todas as categorias) é o espanhol Marc Márquez, venceu 36,67% das provas que participou, seguido por Valentino Rossi, 32,85% e Jorge Lorenzo, 26,00%. Se os cálculos forem realizados considerando exclusivamente a classe MotoGP os números indicam 40,28% para Márquez, 30,56% para Rossi e 28,21% para Lorenzo;
  • O campeonato deste ano tem 18 etapas previstas, quatro na Espanha (Jerez, Catalunha, Aragon e Valência), duas na Itália (Mugello e Misano) e em doze outros países distribuídos por todos os continentes.

Carlos Alberto



terça-feira, 7 de março de 2017

MotoGP - Luzes & Sombras



Circuito Internacional de Losail, Catar


A abertura oficial da temporada de 2017 da MotoGP será dia 23 de março, quinta-feira, no Losail International Circuit, situado ao norte de Doha, no Catar. O circuito entrou para o calendário oficial da competição em 2004 com provas diurnas e a programação foi alterada em 2008 para o período noturno como forma de evitar intenso calor do deserto e adequar-se aos horários ocidentais para a cobertura da TV.  O primeiro GP do Catar foi disputado em 2004 com temperatura ambiente de 40° C (51° no piso) e 14% de umidade relativa do ar, com vitória de Sete Gibernau em uma prova em que o brasileiro Alex Barros foi o quarto classificado. Em 2016 o GP foi realizado com condições de clima mais favoráveis, temperatura ambiente de 21° C (23° no piso) e 71% de umidade relativa. O histórico das treze etapas já realizadas indica Valentino Rossi e Casey Stoner como os pilotos com maior número de vitórias, quatro cada, Jorge Lorenzo venceu três e Marc Márquez uma vez.

A pista tem um percurso de 5,38 km e uma reta principal com pouco mais de um quilometro (1,068 metros), é cercada por grama artificial para evitar areia sobre o piso. Para hospedar a abertura da temporada da MotoGP em 2008, o circuito de Losail instalou o até então maior projeto do mundo de iluminação artificial para eventos esportivos (atualmente esta distinção pertence ao Yas Marina Circuit, em Abu Dhabi, onde é disputada a F1).

A energia necessária para realizar um GP no circuito de Losail é suficiente para abastecer uma cidade de 3.000 habitações ou manter iluminados 70 estádios de futebol. A luz artificial é produzida por 3.600 lâmpadas, distribuídas em 1.000 postes interligados por 500 km de fiação elétrica e alimentada por geradores com capacidade de fornecer até 13 MW. A instalação e orientação das luminárias obedece a um projeto complexo, concebido para minimizar a ocorrência de sombras que possam induzir os pilotos a acreditarem que pode haver algum adversário próximo e evitar reflexos se a pista estiver molhada.

A corrida noturna também proporciona um espetáculo diferente para as transmissões da TV. As condições controladas da iluminação permitem que os pilotos utilizem viseiras transparentes, câmeras com lentes de aproximação conseguem closes que podem capturar a expressão dos condutores.


Corridas noturnas implicam em alterações nos procedimentos habituais da programação dos participantes de um GP, os pilotos precisam administrar suas condições físicas e modificar os horários de sono e alimentação. Na quinta-feira, primeiro dia da temporada, o nível de atividade é muito intenso, reuniões com o a direção de prova para esclarecer dúvidas sobre o regulamento (as únicas alterações que interessam diretamente os pilotos para 2017 são as regras para mudança de motos durante as provas e novas sanções para excessos de velocidade no pitlane), participar da conferência com a imprensa e da sessão de fotos oficiais (todos os pilotos de todas as categorias), antes do primeiro contato com a moto e com a pista. Existe também a obrigatoriedade de atender aos repórteres que cobrem o evento depois primeira sessão de treinos livres.  Normalmente estas atividades não terminam antes da 1 hora da manhã.

segunda-feira, 6 de março de 2017

MotoGP - Rossi, Lorenzo & Márquez


Jorge Lorenzo, Marc Márquez & Valentino Rossi

Uma conceituada agência de publicidade de Londres encomendou uma pesquisa sobre personalidades do esporte, visando direcionar as peças publicitárias mais adequadas para serem veiculadas em anúncios de eventos. Em uma amostra aleatória de 426 pessoas, com idade entre 20 e 30 anos, a consulta endereçou diversas modalidades esportivas propondo uma série de perguntas genéricas, sem induzir respostas (espontânea). Em relação a Fórmula 1, a pesquisa contemplou uma pergunta simples: “Qual o piloto mais admirado da história da F1”. O resultado obtido representa para nós, tupiniquins, uma autêntica heresia. A ampla maioria indicou o britânico Lewis Hamilton, o nome de Ayrton Senna foi citado uma única vez e os multicampeões Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet sequer foram mencionados. Analisando com mais detalhe o resultado faz sentido, na ocasião do acidente que vitimou Senna em 1994, o entrevistado mais velho da amostragem tinha apenas sete anos. Nenhum dos entrevistados acompanhou a performance dos brasileiros nas pistas.
Se uma pesquisa semelhante fosse realizada no ambiente da MotoGP a área geográfica teria igualmente grande influência, na Itália Valentino Rossi seria uma unanimidade, na península ibérica haveria alguma indefinição entre Marc Márquez e Jorge Lorenzo. O italiano e os espanhóis são, nos dias atuais, os maiores expoentes do motociclismo esportivo mundial. A discussão entre quem é ou foi o melhor nunca vai alcançar um consenso.
O currículo de Valentino Rossi impressiona. Filho de Graziano Rossi, um piloto que obteve três vitórias em GPs da classe 250cc nos anos 70, Valentino iniciou no mundial de motovelocidade em 1996, conquistando seu primeiro mundial na classe 125cc em 1997. Repetiu o feito em 1999 na classe 250cc e migrou no ano seguinte para a categoria que precedeu a MotoGP, a 500cc, onde foi campeão em 2001, iniciando uma sequência de 5 títulos mundiais. Foi vencido em 2006 por Nicky Hayden, The Kentucky Kid, em um final de campeonato desastroso, foi derrotado na penúltima corrida da temporada no Estoril por Tony Elias com a diferença mínima de 0,002 segundos e sofreu uma queda na última prova em Valência. Hayden venceu o campeonato por escassos cinco pontos. Em 2007 brilhou a estrela de Casey Stoner, mas Valentino reagiu vencendo os dois campeonatos seguintes, 2008 e 2009.
O ano de 2010 marcou um ponto de inflexão na carreira do italiano, sofreu um grave acidente em Mugello e ficou afastado de quatro provas, proporcionando a oportunidade de seu colega de equipe, Jorge Lorenzo, realizar uma temporada dos sonhos e ganhar seu primeiro mundial.  Com o colega campeão do mundo e descontente com as condições para renovação de contrato, Rossi apostou em uma equipe italiana puro sangue e assinou por dois anos com a Ducati. Na época o comentário era que, para a torcida italiana, uma vitória de Rossi com uma Ducati causaria uma comoção equivalente ao Papa vencer o GP de Monza pilotando uma Ferrari. Os dois anos na equipe de Borgo Panigale foram catastróficos, além de não conseguir uma única vitória, foi envolvido involuntariamente no acidente que vitimou seu amigo pessoal, Marco Simoncelli, no GP da Malásia em 2011.
Valentino acumula três vice-campeonatos em sequência, perdeu 2014 e 2016 para Marc Márquez por uma ampla diferença de pontos, mas não se conforma com o resultado de 2015, temporada que conquistou a liderança na primeira prova e só perdeu na última para Jorge Lorenzo. O “imbróglio” de 2015 começou com uma declaração na conferência de imprensa que antecedeu a penúltima etapa em Sepang, onde acusou Márquez, o vencedor da prova anterior, de ser o responsável por sua quarta colocação. A animosidade transcendeu para a pista e culminou em um incidente, pelo qual foi penalizado para largar na última posição do grid em Valência, praticamente inviabilizando as chances do título.
Um dos maiores objetivos de Valentino Rossi na Moto GP, ultrapassar o número de vitórias e títulos de Giacomo Agostini, está seriamente ameaçado pelo que os jornais italianos chamam de “Armada Espanhola”. Desde a estreia de Jorge Lorenzo na MotoGP em 2008, o espanhol acumula 44 vitórias e 3 títulos, Rossi neste intervalo de tempo só conseguiu 26 primeiros lugares. A comparação com Márquez é ainda mais desfavorável, nos quatro anos em que ambos compartilharam o grid de largada o piloto da Honda obteve 3 títulos e 29 vitórias, no mesmo período Rossi venceu apenas 9 vezes.
Valentino Rossi é um caso de sucesso dentro e fora das pistas. Controla um grupo econômico gigantesco que inclui uma academia de motovelocidade, as equipes de Moto2 e Moto3 Sky Racing Team VR46 e contratos de licenciamento de marca com, entre outros, Dani Pedrosa, Scott Redding, Cal Crutchlow, Jack Miller, Maverick Vinales, Bradley Smith, Jonas Folger, Alvaro Bautista, Pol Spargaro e Kevin Schwantz.  A legião de torcedores do piloto não conhece fronteiras, bandeiras amarelas com o número 46 podem ser encontradas em qualquer circuito do mundo onde haja qualquer atividade envolvendo motos.
A carreira de Jorge Lorenzo custou a deslanchar, estreou na 125cc em 2002 e só conseguiu seus primeiros dois títulos mundiais em 2006 e 2007 já na Moto2. Contratado para pilotar pela equipe oficial da Yamaha em 2008, atuou como coadjuvante de Rossi no bicampeonato de 2008/2009, até realizar uma performance perfeita em 2010 e conquistar seu primeiro mundial. Perdeu a temporada de 2011 para Casey Stoner e o recuperou o título em 2012. Os dois anos seguintes foram vencidos pela Honda de Márquez e Lorenzo voltou a vencer em 2015, beneficiado pela punição de Rossi pelos incidentes em Sepang. Jorge Lorenzo é um piloto extremamente técnico com foco total em seu trabalho, o ambiente conturbado nos boxes da Yamaha em 2016 inviabilizou a sua permanência na equipe. Há quem diga que ele não teve estrutura suficiente para resistir a guerra psicológica movida por Valentino Rossi e preferiu aceitar o desafio da Ducati, também motivado pelo maior salário já pago a um piloto de motovelocidade.
Talvez a maior dificuldade para Rossi atingir seu objetivo seja um cristão novo, um piloto que iniciou na Moto3 em 2008 com 15 anos de idade. Marc Márquez é um dos quatro pilotos na história que conseguiram títulos nas três categorias do mundial patrocinado pela FIM, ao lado de Mike Hailwood, Phil Read e Valentino Rossi. Sua carreira desenvolve-se em um ritmo alucinante, em nove anos conquistou cinco títulos mundiais, a estatísticas referentes exclusivamente a MotoGP são ainda mais impressionantes, três títulos em quatro disputados, sendo dois em suas primeiras temporadas. 
Marc Márquez aos 23 anos já tem um histórico respeitável, protagonizou o acidente mais veloz da MotoGP, 336 km/h, nos treinos livres preparatórios para o GP da Itália em Mugello (2013), é recordista de vitórias (13) em uma única temporada (2014), venceu todas as corridas que participou nos EUA (Circuito das Américas e Indianápolis) e, curiosidade, conquistou um Mundial de MotoGP no mesmo ano em que seu irmão mais novo Alex Márquez venceu na Moto3 (2014).
Valentino Rossi entra na disputa em 2017 no comando de uma M1 consolidada e com a volta do ambiente harmônico nos boxes (por enquanto). Jorge Lorenzo vai utilizar uma Desmosedici mais fácil de pilotar que a GP16, com a responsabilidade de justificar seu salário conquistando vitórias para a fábrica italiana. O atual campeão Marc Márquez defende seu título com uma RC213V bem menos complicada que a da temporada anterior, com um conjunto motriz modificado e com melhor retomada de velocidade.

Embora seja prematuro qualquer prognóstico, com certeza a história da temporada de 2017 vai ser contada com a participação destes três pilotos.

Carlos Alberto

quinta-feira, 2 de março de 2017

WorldSBK – Foi Dada a Largada

Chegada no Photo Finish


A Stock Car nasceu em provas realizadas com carros de passeio adaptados para competições, basicamente modelos disponíveis nas concessionárias aliviados de equipamentos sem utilidade em uma pista. A profissionalização do esporte, com a consequente necessidade de criar condições de competitividade para atrair espectadores, forçou a evolução para equipamentos mais complexos, desvirtuando a ideia original. Nos dias atuais os campeonatos mais badalados têm abrangência regional, o Stock Car Brasil, Nascar (EUA), Corona Series (México) e diversas competições no Reino Unido, Canadá e Austrália.

O correspondente ao Stock Car em motovelocidade é representado pelo mundial de Superbike (WorldSBK), disputado desde 1988 e reconhecido por eleger todos os anos a moto com melhor desempenho que pode ser adquirida no mercado. A base para uma Superbike é obrigatoriamente uma versão homologada de um equipamento produzido em série e com um número mínimo de unidades comercializadas nos mercados dos Estados Unidos, União Europeia e Japão. O chamado Motul FIM Superbike World Championship é dividido em várias classes, com o objetivo de incentivar a concorrência entre fabricantes e proporcionar oportunidades para pilotos de várias faixas etárias.

A principal classe, Superbike, utiliza máquinas baseadas em equipamentos de linha de produção com pequenas modificações na gestão do motor, sistema de escape, suspensão, freios e umas poucas peças do motor. A moto deve ter um peso mínimo de 168kg e um motor entre 750cc e 1200cc, dependendo do número de cilindros. Modificações técnicas limitadas foram permitidas para a temporada de 2015 e mantidas desde então.

A Supersport contempla máquinas mais leves e com menor potência, capacidade cubica limitada entre 400cc a 750cc dependendo do número de cilindros. A classe é muito competitiva, produz algumas incríveis batalhas na pista e é de vital importância para os fabricantes.

A Superstock 1000 apresenta motos com quase 100% de componentes de estoque e são o mais próximo possível de motos encontradas nas estradas todos os dias. A classe é orientada para corredores jovens e ambiciosos, a idade limite é de 28 anos e apenas um tipo de pneu com ranhuras é permitido.

Supersport 300 é uma nova classe criada em 2017, especifica motos leves e está aberta a condutores com idade mínima de 15 anos, um campeonato facilmente acessível no cenário mundial com muitos pilotos inscritos, tende a ser uma classe muito disputada. A motivação dos organizadores foi facilitar o acesso para equipes e pilotos com baixo orçamento. Todas as motos são homologadas pela FIM e estão sujeitas a modificações nos limites de peso (lastro) e limitadores de rotações para garantir a maior equalização de condições de competitividade.

O mundial de WorldSBK realizou a primeira etapa da temporada 2017 no último fim de semana em Phillip Island, Austrália. A pole cravou um tempo menor que a da MotoGP no mesmo circuito em outubro de 2016, 1.29,573 de Jonathan Rea contra 1.30,189 de Marc Márquez (com diferentes condições de clima). As duas provas, sábado e domingo, foram eletrizantes. No sábado houve oito trocas de liderança e na bandeirada final a diferença entre a Kawasaki ZX-10R de Rea para a Ducati Panigale R de Chaz Davies foi de 0,042 seg. Os cinco primeiros colocados nesta prova são britânicos, um contraponto com a armada espanhola da MotoGP. A Kawasaki ficou com o primeiro, terceiro e décimo lugares, Ducati com segundo e sexto, Yamaha com quarto e nono, Agusta com o quinto, BMW com o sétimo e Aprilia com o oitavo, seis fabricantes diferentes entre os dez primeiros.

A prova de domingo repetiu a disputa acirrada entre Rea e Davis, com o atual campeão do mundo cruzando a linha final com uma diferença ainda menor, 0,025 segundos. Entre os dez primeiros a Kawasaki colocou duas motos (primeiro e sexto), a Ducati três (segundo, terceiro e quinto), a Yamaha duas (quarto e sétimo), Aprilia duas (nono e décimo) e Agusta uma (oitavo), comprovando o grande equilíbrio da prova.

O ponto negativo da primeira etapa da temporada foi o péssimo desempenho das Honda CBR1000RR de Nicky Hayden e Stefan Bradl.

Para os que acompanham as categorias de acesso, na WorldSSP a vitória de Roberto Rolfo (MV Agusta F3) sobre Lucas Mathias (Yamaha YZF R6) por inacreditáveis 0,001 segundos valeu pelo espetáculo. A diferença tão exígua obrigou a equipe de cronometragem da Tissot a realizar a confirmação pelo Photo Finish. Nesta mesma prova um grave acidente de Jules Cluzel (Honda CBR600RR) resultou na suspeita (não confirmada posteriormente) de fratura na pélvis do piloto, e uma jornada épica de Anthony West (Yamaha YZF R6) que disputou como WildCard e, com um motor cedido por amigos, conseguiu a terceira colocação.


Falta pouco mais de um mês para o início da temporada da MotoGP, porém as emoções da motovelocidade em 2017 já começaram, e bem.