A Federação Internacional de Motociclismo é uma entidade que promove e administra competições motorizadas sobre duas rodas, representa 111 federações nacionais distribuidas em seis regiões continentais. A FIM também está envolvida em muitas atividades relacionadas com o esporte, sua segurança e políticas públicas relevantes. A federação foi a primeira entidade desportiva internacional a publicar, em 1994, um Código Ambiental, e em 2007 criou uma comissão específica para apoiar o uso de veículos motorizados de duas rodas e práticas esportivas entre mulheres.
A origem da FIM pode ser rastreada até 1904, ano em que o clube de motociclismo da França organizou um evento internacional e convidou participantes da Áustria, Dinamarca, França, Alemanha e Grã-Bretanha. A França foi declarada vencedora da competição por impor regras que privilegiavam seus participantes e, para equalizar as condições em futuros eventos os cinco países criaram um órgão centralizador, a Fédération Internationale des Clubs Motocyclistes (FICM). A entidade teve vida curta e foi desativada em 1906 por absoluta falta de consenso. A Auto-Cycle Union, entidade britânica que administra o esporte de duas rodas na Inglaterra e Ilha de Man promoveu o renascimento do FICM em 1912, com o objetivo de restabelecer e controlar o desenvolvimento dos aspectos esportivos e de turismo do motociclismo. Os dez países que atenderam à convocação são considerados membros fundadores do FICM: Bélgica, Dinamarca, França, Grã-Bretanha, Itália, Holanda, Estados Unidos, Alemanha, Áustria e Suíça. O ano seguinte acolheu o primeiro evento internacional realizado sob o patrocínio da FICM: o International Six Days Reliability Trial. Nos anos que antecederam a segunda grande guerra o número de associações nacionais participantes cresceu para três dezenas e em 1936 a entidade promoveu o seu primeiro campeonato internacional atribuindo ao vencedor o título de campeão mundial.
A segunda grande guerra entre 1939 e 1945 provocou a suspensão das atividades esportivas no continente europeu, que foram retomadas em 1946, ano em que a FICM foi reorganizada e rebatizada como FIM, e passou a promover anualmente desde 1949 o campeonato mundial de motovelocidade.
Nos primeiros anos houve o domínio dos pilotos britânicos com os nove campeonatos conquistados por Mike Hailwood, sete de John Surtees e seis de Geoff Duke, nesta época e nas décadas seguintes o regulamento permitia ao piloto competir em mais de uma categoria.
Em 1966 iniciou a era de conquistas de Giacomo Agostini, que até o ano de 1972 com uma MV Agusta e 1975 com uma Yamaha alcançou a marca até hoje inigualada de 15 títulos mundiais, oito na classe principal (500cc) e sete na 350cc.
Nos primeiros anos houve o domínio dos pilotos britânicos com os nove campeonatos conquistados por Mike Hailwood, sete de John Surtees e seis de Geoff Duke, nesta época e nas décadas seguintes o regulamento permitia ao piloto competir em mais de uma categoria.
Em 1966 iniciou a era de conquistas de Giacomo Agostini, que até o ano de 1972 com uma MV Agusta e 1975 com uma Yamaha alcançou a marca até hoje inigualada de 15 títulos mundiais, oito na classe principal (500cc) e sete na 350cc.
De 1975 até os dias atuais os fabricantes japoneses (Suzuki, Yamaha e Honda) monopolizaram as vitórias na principal classe, a única exceção foi em 2007, ano em que o australiano Casey Stoner com uma moto italiana (Ducati) foi o campeão. Neste período houve o predomínio dos pilotos britânicos Phil Read e Barry Sheene entre 1973 e 1977, e o protagonismo dos norte-americanos Kenny Roberts, Freddie Spencer, Eddie Lawson, Wayne Rainey e Kevin Schwatz que durou até 1993, quando surgiu o australiano Mick Doohan que enfileirou cinco títulos consecutivos entre 1994 e 1998.
Valentino Rossi, o segundo melhor currículo da história dos mundiais, começou a pavimentar a sua trajetória ascendente ao estrelato em 1997, quando conquistou o mundial na classe 125, repetiu o feito em 1999 na 250cc e em 2000 foi promovido à principal classe pilotando uma Honda. Rossi conquistou todos os títulos entre 2001 e 2005, apesar ter trocado a Honda pela Yamaha em 2004. Perdeu o campeonato para 2006 para Nicky Hayden (Honda)por cinco pontos, e foi incapaz de enfrentar a Ducati de Stoner em 2007. Rossi voltou ao topo em 2008 e 2009, porém no ano seguinte sofreu um acidente nos testes que precederam a prova de Mugello e permitiu o início da chamada invasão espanhola.
Em 2010 os pilotos espanhóis venceram as três categorias em disputa no principal campeonato patrocinado pela FIA, Jorge Lorenzo na MotoGP, Toni Elías na Moto2 e Marc Márquez na classe 125cc. Stoner (Australiano) venceu o título de 2011, ano marcado pelo acidente que vitimou Marco Simoncelli.
Enquanto Rossi penava tentando recuperar os bons tempos da Ducati, Lorenzo reconquistou o mundial em 2012 inaugurando uma época de ouro para os pilotos ibéricos que perdura até os dias atuais.
É natural que as pessoas tenham suas preferências por pilotos ou fabricantes, o carisma e a eficiência de Valentino Rossi conquistaram milhões de aficionados em todo o planeta e as bandeiras amarelas com o número 46 estão presentes em praticamente todos os circuitos dos cinco continentes (não existem autódromos na Antártica), mas mesmo o torcedor mais apaixonado tem que reconhecer que Marc Márquez em 2013 começou a reescrever a história da MotoGP. Com uma técnica inovadora e agressiva, embora contando também com a infelicidade de seus principais adversários nas pistas, Jorge Lorenzo e Dani Pedrosa, Márquez conquistou o título em sua temporada de estréia e repetiu o feito no ano subsequente. O piloto espanhol aperfeiçoou um estilo próprio de pilotar uma moto de competição, Cal Crutchlow cunhou a definição do “V da Honda” para descrever o modo como ele utiliza o corpo descolado da carroceria do equipamento para atacar curvas com maior velocidade, técnica atualmente replicada por praticamente todos os pilotos.
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