sábado, 14 de janeiro de 2017

MotoGP - Quedas e Acidentes em 2016

Mard Márquez em Phillip Island
Durante as dezoito etapas do Mundial de MotoGP organizado pela FIM em 2016 foram registradas 1062 quedas ou acidentes, pela primeira vez em uma temporada este número alcançou a casa dos quatro dígitos, em 2015 houve um total de 976 ocorrências.

288 dos 1062 incidentes foram na classe MotoGP, uma média de 16 por etapa, número superior ao de 2015 onde houve uma média de 12 por fim de semana. A Moto2 registrou 364 quedas em 2016, um pequeno aumento em relação ao ano anterior (352) e a Moto3 praticamente repetiu os resultados, 410 em 2016 e 409 em 2015.

Das 288 ocorrências registradas em 2016 na classe MotoGP o maior número, 81, aconteceu durante a realização das provas. O mesmo se aplica a Moto2, 120 dos 364 e na Moto3, 151 dos 410 dos incidentes aconteceram depois de dada a largada. Os outros foram distribuídos entre as sessões oficiais de treinos livres, treinos suplementares no fim de semana do evento (GP da Argentina), sessões de qualificação para formação do grid e no “warm up” que antecede as provas.

Sam Lowes, piloto da Moto2, registrou o maior número entre os que disputaram a temporada, 30 quedas em 2016, Gabriel Rodrigo da Moto3 contabilizou 27 ocorrências e o terceiro com maior número em 2016 foi o vencedor das etapas de Brno e Phillip Island da principal categoria, Cal Cruthlow em 26 ocasiões.

É surpreendente encontrar nestas estatísticas o nome do campeão Marc Márquez como terceiro mais acidentado da classe MotoGP, 17 vezes durante a temporada, perdendo apenas para Cal Crutchlow (26) e Jack Miller (25). Márquez conquistou o campeonato porque caiu só três vezes durante as provas, mesmo assim recuperou a moto e marcou pontos em duas oportunidades. 

O maior número de acidentes em uma etapa do campeonato aconteceu no GP da Austrália, disputado no circuito de Phillip Island, onde as condições complicadas do clima contribuíram para registrar 90 acidentes contando todas as classes, um acréscimo de 90% em relação ao ano anterior. O cotovelo da curva 4 foi o recordista com 32 quedas. Outros trechos de circuitos que proporcionaram um número grande de acidentes foram a curva 9 de Motegi (GP do Japão) e a curva 1 de Rio Hondo (GP da Argentina). Os GPs da Itália em Mugello e da Áustria no Red Bull Ring foram os que contribuíram com o menor número de ocorrências, 34 cada em todas as classes.


A temporada de 2016 contribuiu para uma estatística triste, o piloto da Moto2 Luis Salon faleceu em função de traumatismos causados por uma queda nos treinos para o GP da Catalunha. Desde que o atual formato da MotoGP foi criado em 2002, a segurança esteve entre as principais prioridades e, embora a prática do esporte exponha os pilotos a riscos, houve apenas quatro fatalidades neste período, Daijiro Kato no GP do Japão em 2003, Shoya Tomizawa no GP de San Marino em 2010, Marco Simoncelli no GP da Malásia em 2011 e Luis Salon. 


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