Alex Schwazer
é um praticante de marcha atlética que nasceu no norte da Itália. Com um início
de carreira brilhante, conquistou a medalha de bronze nos 50 km do Campeonato
Mundial de 2005 marcando o tempo recorde de 3 horas, 41 minutos e 54 segundos.4
horas. No Campeonato Mundial de 2007, terminou em 10º lugar a prova de 20 km e
conquistou o bronze na prova de 50 km (com o melhor resultado já obtido nesta
prova, de 3:37:04.08). Foi vice-campeão da Copa do Mundo de Caminhada da
Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF) de 2008 e conquistou
o ouro nos 50 km de caminhada nos Jogos Olímpicos de 2008, estabelecendo um
novo recorde olímpico com o tempo de 3:37:09.
Começou sua
campanha de 2010 com duas vitórias no circuito mundial de corrida da IAAF, venceu
os 20 km no Gran Premio Città di Lugano quebrando um recorde que resistiu por 18
anos com o tempo de 1:18:23.20. Antes da Copa do Mundo de Caminhada da IAAF
venceu no Coppa Città di Sesto San Giovanni, no Campeonato Europeu de Atletismo
de 2010 não conseguiu terminar a caminhada de 50 km e conquistou a medalha de
prata nos 20 km. Competiu na prova de 20 km no Campeonato Mundial de Atletismo
de 2011, mas conseguiu apenas o nono lugar.
Alex Schwazer, campeão olímpico dos 50 km em 2008
Alex começou
2012 em plena forma, quebrou o recorde italiano de 1:17:30 ao vencer no
Memorial Mario Albisetti 20 km de caminhada e obteve o 4º melhor tempo de 50 km
em sua carreira uma semana depois para vencer no Dudinska Patdesiatka, uma
competição realizada nas ruas de Dudince, na Eslováquia.
Foi excluído
dos Jogos Olímpicos de 2012 em Londres após testar positivo em um exame
antidoping. Na ocasião o atleta reconheceu: "Minha carreira acabou... Eu
queria ser mais forte para esta Olimpíada, cometi um erro". Recebeu uma
proibição de três anos e meio de competição pelo Comitê Olímpico Nacional
Italiano em abril de 2013. Carolina Kostner, a namorada de Schwazer na época -
nunca se deve subestimar uma mulher desprezada - admitiu aos promotores em Bolzano que havia
mentido para inspetores da Agência Mundial Antidoping que o atleta não estava
em casa pouco antes dos Jogos de 2012. Também reconheceu que Schwazer costumava
dormir em uma câmara barométrica, procedimento que não é proibido pela World
Anti-Doping Agency (WADA), porém é ilegal na Itália.
Em maio de
2016, uma amostra negativa de controle de doping realizado em janeiro foi
reanalisada e testou positivo para uma substância proibida. Schwazer foi
informado algumas semanas antes dos Jogos Olímpicos e recorreu ao Tribunal
Arbitral do Esporte (TAS). Em agosto o tribunal negou provimento ao recurso e
impôs um banimento de 8 anos das competições, até julho de 2024. Em 2019, a
Federação Italiana de Atletismo (FIDAL) cancelou todos os resultados alcançados
pelo atleta a partir de 18 de março de 2012.
O jornal
italiano La Repubblica decidiu investigar o caso e produziu um documentário com
evidências, incluindo escutas telefônicas da polícia, que lançam sérias dúvidas
sobre o tratamento de Schwazer e sugerem que a amostra de controle de doping de
2016 foi adulterada. Segundo o documentário, o verdadeiro alvo era o treinador
do atleta de 2015 a 2016, Sandro Donati, ex-técnico da equipe italiana de
sprint, denunciante e crítico contumaz do doping e da corrupção no esporte, que
havia descoberto uma trapaça patrocinada pela federação italiana na década de
1980.
Em 17 de
março de 2020 sentença e banimento foi
confirmada pelo tribunal federal de Lausanne Suiça) após um recurso de Schwazer
ser rejeitado, nova petição estava em andamento no Tribunal de Bolzano
(Itália).
Alex Schwazer
foi inocentado das acusações de doping em fevereiro de 2021.
O mundo
esportivo ficou abalado com a notícia do resultado do julgamento, Alex Schwazer
foi inocentado das acusações de doping que o assombravam desde 2016. O Gestor
de Interesse Público (GIP) da Corte de Bolzano não se limitou a esta decisão,
também criticou a WADA e a Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF),
acusando-os de agir sem critérios claros, de forma auto-referencial e de práticas de
alterar as amostras de urina, como aconteceu no caso de Schwazer. A concentração
de Ácido Desoxirribonucleico (ADN) na urina analisada não é compatível com a
fisiologia humana, portanto os dados confirmam que a amostra foi substituída
por uma que confirmasse a acusação.
Todo este introito
remete ao caso de Andrea Ianonne, que foi afastado por 2 anos e no recurso o TAS,
por recomendação da WADA, ampliou a penalização para 4 anos de banimento da
MotoGP. Em declarações em suas redes sociais (Instagram) o piloto desabafou:
"Essas situações vêm acontecendo há muito tempo, esse sistema deve ser
interrompido para o bem dos atletas, que abdicam da vida normal para
dedicarem-se a esforços físicos e mentais para o esporte. Certamente há atletas
que se drogam - continua o piloto - e outros não. Os primeiros têm razão em serem
punidos, porém não é certo que outros sejam prejudicados porque a máfia
presente no esporte é agora maior do que o esporte em si. Esse sistema é uma
droga."
As palavras
de Ianonne tem forte motivação emocional ao contrário de Schwazer, que
reorientou a sua vida. Para o Maniac #29 o futuro ainda parece nebuloso, tem
propostas do segmento de entretenimento e algum envolvimento com moda para o
mundo dos motociclistas. Com resultados de julgamentos com o de Alex Scgwartz,
ainda mantém uma tênue esperança de voltar às pistas.
Castelo de Béthusy, sede do Tribunal Arbitral do Esporte em Lausanne, Suíça.
Nenhum comentário:
Postar um comentário