quarta-feira, 14 de julho de 2021

MotoGP - Os 10 melhores pilotos de todos os tempos

 


Não há maneira adequada de comparar atributos e realizações de pilotos que correram em eras distintas, com equipamentos diferentes e regulamentações desiguais. A Press Association, uma agência multimidia sediada no Reino Unido e com abrangência na Irlanda selecionou os dez pilotos que considera mais significativos na história do mundial de velocidade em duas rodas. Se houvesse a possibilidade de uma escolha democrática para eleger o melhor piloto de todos os tempos, o gênio italiano Valentino Rossi com absoluta certeza seria o escolhido. O carismático piloto italiano está no topo das manchetes por quase um quarto de século. Na década passada o espanhol Marc Márquez surgiu como candidato a igualar ou mesmo superar os recordes obtidos por Valentin Rossi e Giacomo Agostini. As realizações de Rossi tiveram um ponto de inflexão em seu acidente em Mugello em 2010, deste então nunca mais conseguiu ser campeão. A sequência de bons resultados que credenciavam Marc a desafiar os recordes estabelecidos cessou com sua queda e fratura do braço em Jerez em 2020, da qual o piloto ainda não se recuperou totalmente.

A relação compilada pela Press Association indica, sem especificar hierarquia, os seguintes pilotos;


Valentino Rossi
  



Venceu 7 títulos mundiais na principal categoria, de 2001 a 2005 e no biênio 2008/2009. Seu nome é considerado um sinônimo de motovelocidade, é considerado o motociclista mais popular de todos os tempos, possui fãs em todo o planeta e é considerado um herói na Itália. Venceu campeonatos com máquinas Honda e Yamaha, porém passou dois anos (2011/2012) em completo ostracismo com equipamentos Ducati. Rossi é considerado um herói e tem fãs em todos os circuitos onde a MotoGP disputa GPs, sempre identificados por bandeiras amarelas com o número 46. Esportista versátil, tem se envolvido na Fórmula-1 e em disputas de rally, seus interesses comerciais incluem uma equipe própria para disputar a MotoGP (com motorização Ducati) e produzir acessórios para quase todos os outros pilotos do grid. Em sua cidade natal Tavullia, onde a velocidade máxima no perímetro urbano é 46 km/h em sua homenagem, também é dono de uma pizzaria.


Giacomo Agostini



Recordista em número de vitórias e títulos mundiais da classe principal, 8 (1966-1972 & 1975), Ago dominou o mundo das motos por 13 anos, conquistando 15 títulos, 8 na primeira classe e 7 na 350cc,  também venceu em 10 oportunidades a prova da Ilha de Man TT. Após a morte de um amigo próximo em 1972, liderou um boicote que resultou na retirada do calendário do icônico circuito do campeonato mundial 5 anos depois. Em seu currículo constam corridas promovidas pela American Motocyclist Association (AMA)  em Daytona e 23 GPs de Fórmula-1.
 

Marc Márquez
 



Dono de 6 títulos (2013-2014 & 2016-2019) mundiais na MotoGP, o prodígio espanhol venceu em sua primeira temporada em 2013, e repetiu o feito no ano seguinte. Após um interregno em 2015, sagrou-se campeão nos 4 anos seguintes. Márquez criou um estilo de pilotar que é copiado por todos os seus rivais. Sua sequência em obter recordes sucessivos foi interrompida devido a um acidente em Jerez de la Frontera em 2020 e das complicações resultantes de um braço fraturado, que o manteve afastado até a 3ª etapa da temporada de 2021. Marc Márquez compete exclusivamente com equipamentos Honda, é nos dias atuais o maior salário das pistas e tem um contrato inédito de 4 anos com sua equipe, 


Mick Doohan

 

A etimologia da palavra Maverick remete a um animal sem marca, independente, que se recusa a cumprir regras estabelecidas. Uma definição que caberia para descrever o australiano que competiu pela Honda por 11 anos e formou, com sua máquina, uma dupla imbatível conquistando 5 mundiais entre 1994 e 1998. Doohan tem uma história de superação depois de quase ter a perna amputada como resultado de um acidente em Assen em 1992.  Em sua aposentadoria não foi bem sucedido em competições de Fórmula 1 e rally. Em sua homenagem, no estado de Queensland no noroeste da Austrália, tem uma montanha russa com seu nome. 


Mike Hailwood
 


O britânico Mike “The bike” Hailwood foi recrutado pelo motociclismo ao trabalhar em uma concessionária de motos da família antes de correr pela Honda e MV Agusta e vencer 4 mundiais seguidos (1962 a 1965). Mike disputou corridas de TT (Tourist Trophy em estradas), participou de provas da Fórmula 1 e da mítica 24 Horas de Le Mans.
Mike faleceu em um acidente de carro, junto com sua filha de 9 anos, em 1981.


John Surtees



Único piloto a vencer títulos das principais classes de motociclismo e Fórmula 1, foi vencedor de 4 temporadas do mundial de motovelocidade em 1956 e de 1958 a 1960). Pilotou para as marcas Norton e MV Augusta antes de migrar para a Fórmula 1 onde ocupou o cockpit da Lotus e Ferrari, vencendo o mundial de 1964. 


Eddie Lawson
 


Eddie Lawson foi um piloto e automobilista norte-americano, tetracampeão da MotoGP (1984, 1986, 1988 & 1989) na categoria 500cc. Suas constantes colocações na zona de pontuação renderam o apelido de "Steady (estável) Eddie". Os três primeiros títulos foram obtidos nos 6 anos que pilotou para a Agostini Yamaha, depois mudou para a Honda para vencer em 1989. Encerrou sua carreira na Cagiva no início da década de 1990.


Kenny Roberts
 


Kenneth Leroy "Kenny" Roberts se tornou o primeiro norte-americano a ser campeão das 500cc. É pai do também campeão do mundo Kenny Roberts Junior . Venceu os mundiais de 1978 a 1980. Esteve envolvido em uma das maiores corridas de todos os tempos quando venceu o britânico e rival  Barry Sheene no Grande Prêmio da Inglaterra de 1979 em Silverstone.
 

Casey Stoner


 
Australiano, conseguiu o único título mundial da Ducati em2007 e repetiu a dose com uma Honda em 2011. Desenvolveu uma rivalidade hostil com Valentino Rossi e se aposentou precocemente por problemas de saúde. 


Jorge Lorenzo
  


Natural de Palma de Mallorca, o auto denominado espartano do motociclismo tem três títulos mundiais de primeira classe em seu nome, 2010, 2012 e 2015 conquistados com uma Yamaha. Conseguiu sistematicamente derrotar o seu então colega de equipe Valentino Rossi pilotando um equipamento absolutamente igual. A animosidade entre ambos causou a sua migração para a Ducati em 2017, com um salário inimaginável para a época. Não conseguiu se impor na equipe italiana e sua carreira acabou em 2019 na Honda.


A lista da Press Association consta de 2 pilotos espanhóis, 2 norte-americanos, 2 italianos, 2 britânicos e 2 australianos. Estes 10 pilotos conquistaram 46 das 72 temporadas do campeonato patrocinado pela Federação Internacional de Motoiclismo.

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