quarta-feira, 26 de outubro de 2016

SIC - Circuito Internacional de Sepang


Sepang International Circuit


Uma entrevista recente do ministro de esportes indica que a Malásia pode solicitar o cancelamento das provas de Fórmula 1 no Circuito Internacional de Sepang. Os custos crescentes e a queda da receita na venda de ingressos e audiência de TV estão entre as razões alegadas.
Sepang foi o primeiro circuito a receber a Fórmula 1 na Ásia, além do Japão, e consta no calendário do mundial desde 1999. Os organizadores e representantes do governo marcaram uma reunião esta semana para discutir o futuro de sua participação, cujo contrato está em vigor até 2018.
“Quando hospedamos a corrida pela primeira vez a Fórmula 1 foi um grande negócio, Sepang era o único circuito da Ásia. Agora existem diversos, a vantagem da novidade desapareceu”, escreveu Khairy Jamaluddin, ministro dos esportes, em uma série de posts no Twitter. “A venda de ingressos está em declínio, a audiência de TV caindo e o espetáculo já não atrai um número expressivo de visitantes, porque existem outras opções como Cingapura, China e Oriente Médio. A relação de custo/benefício está comprometida”.
A data de realização do evento neste ano passou de março/abril para setembro/outubro para facilitar a logística das equipes, porém criou uma concorrência direta com o GP da vizinha Cingapura, criando a expectativa de queda do número de espectadores para 45.000 e dificuldades em garantir a presença de personalidades no autódromo. A previsibilidade do espetáculo com amplo domínio da Mercedes também contribui para reduzir a excitação do evento. "Cingapura tem o atrativo de ser uma corrida noturna, além da novidade, o horário para transmissões de TV para a Europa é mais adequado. As opções para um visitante são uma corrida com tempo quente durante a tarde em um circuito ou uma prova durante a noite nas principais ruas da cidade, não há como competir. Houve a sugestão de iluminar Sepang, mas o custo é proibitivo”. O parecer do ministro do Esporte é significativo, dado que a corrida na Malásia, como muitas outras no calendário da F1, é parcialmente financiada pelo governo.
A saída da Malásia pode ser mais uma consequência da queda de preços de petróleo e gás. O GP de Sepang é bancado pela gigante petrolífera Petronas, que patrocina o evento, assim como a Mercedes, equipe líder do campeonato.
Uma saída precoce poderia ser negociada com a nova administração da F1, que já manifestou desejo de expandir a sua presença nos Estados Unidos, sem estender o cronograma temporada.
O circuito de Sepang vai sediar Moto GP deste fim de semana, e venda de ingressos para o evento têm sido consistentemente muito maior do que para a F1.
Jamaluddin disse Sepang deve continuar a acolher Moto GP e adicionar outras competições que não tenham as enormes taxas de hospedagem cobradas pela Fórmula 1.
O GP F1 da Malásia foi incluído calendário provisório de 2017 divulgado no mês passado.



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