quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

MotoGP - Holeshot

Wingnut  da GP19

No jargão do motociclismo esportivo “holeshot” é um termo utilizado para identificar o competidor que lidera na primeira curva depois da largada. Por extensão, “dispositivo holeshot” é um equipamento utilizado exclusivamente na largada para proporcionar uma vantagem que permita ao protótipo chegar na frente no primeiro contorno. Em um esporte onde seis fabricantes distintos produzem protótipos de competição conduzidos pelos melhores pilotos do mundo e percorrem voltas separados por milésimos de segundos, contornar a primeira curva na liderança pode significar uma vantagem no resultado final de uma corrida. 


O recurso de “dispositivos holeshot” não é propriamente uma inovação técnica, foi utilizado à mais de uma década atrás pela Honda na Superbike britânica (BSB). O princípio era comprimir o garfo da suspensão dianteira para reduzir o “wheelie”, tendência da moto empinar quando é aplicada potência na roda motriz. Trabalhar o curso dos garfos de suspensão é um recurso comum no motociclismo esportivo, enquanto na motocross pilotos ou mecânicos tem que executar esta regulagem à mão com a moto parada, o sistema utilizado pela Honda na BSB era pneumático, ativado por controle eletrônico com o equipamento em movimento.


O “dispositivo holeshot”  voltou às manchetes relacionadas com a MotoGP depois que uma chave de comutação (“wingnut”) foi fotografada no grampo entre os garfos da Desmosedici GP19  no teste de Sepang. A Ducati não divulga qual a finalidade do comutador, assim como nunca explicou a finalidade e detalhes do conteúdo de sua “lancheira”, entretanto o fato de caracterizar um acionamento mecânico, associado com o regulamento vigente da competição, levanta sérios indícios que se trata de um controle relacionado com a suspensão.


As Regras de Mundial de MotoGP que endereçam suspensão e amortecedores são específicas: “Não são permitidos controles elétrico/eletrônicos para alterar regulagens da suspensão e amortecedores.  Adequações só podem ser feitas manualmente por mecânicos ou por dispositivos mecânico/hidráulicos”. O tamanho e a localização comutador sugerem que foi projetado para ser usado por um piloto com luvas e a moto em movimento, mas seguramente não durante as voltas rápidas da corrida, onde a lógica e o bom senso indicam que ambas as mãos devem estar no volante.

Os três pilotos que utilizam GP19, Andrea Dovizioso, Danilo Petrucci e Jack Miller, a exemplo do que acontece com a “lancheira”, não comentam a finalidade da chave de comutação.


A Ducati está sedimentando nos últimos anos um histórico de liderança em buscar soluções criativas para obter vantagens competitivas, inclusive recuperando ideias que foram utilizadas com sucesso no passado e posteriormente abandonadas. Em temporadas anteriores a fábrica italiana já tinha inovado com o recurso aerodinâmico das asas, que acabaram disciplinadas pelo regulamento e atualmente integram as carenagens de todos os fabricantes. Também criou a “lancheira” que alguns imaginam que possa conter componentes eletrônicos ou algum tipo de amortecedor de massa. Na etapa de Jerez o piloto Alvaro Bautista testou um braço de torque para melhorar a aderência traseira, nos testes do Catar as GP19 inovaram com um tipo de carenagem no braço oscilante aparentemente para baixar a temperatura da roda traseira para prolongar a vida útil do pneu.


O início da temporada de 2019 está próximo e os resultados dos últimos testes sugerem uma competitividade muito grande. Nos resultados finais da etapa de testes do Catar os seis melhores tempos ficaram separados por meio segundo, todos os fabricantes estiveram representados entre os top ten, com não mais de um segundo de diferença, entretanto já está arraigada na cultura esportiva o dito popular que “Treino é treino, jogo é jogo”.

domingo, 10 de fevereiro de 2019

MotoGP 2019 – Pré-temporada (1)






A foto acima foi obtida faltando poucos segundos para o final da etapa da Tailândia no Mundial de MotoGP de 2018. A Ducati #04 de Andréa Dovizioso e a Honda #93 de Marc Márquez tinham disputado palmo a palmo as três últimas voltas, seguidos de perto pelas Yamaha de Maverick Vinales e Valentino Rossi, em um dos finais mais eletrizantes da temporada. A prova foi vencida por Márquez com uma ultrapassagem antológica na última curva.

Foi a quarta vez nos dois últimos anos que Márquez e Dovizioso protagonizaram espetáculos semelhantes, antes em 2017 no GP da Áustria, GP do Japão no mesmo ano disputado com a pista encharcada e na prova noturna de abertura da temporada de 2018 no Catar. Nestas três oportunidades o piloto italiano levou a melhor. 

Observem na foto que, embora na liderança e na entrada do último contorno a Ducati está com inclinação menor e suas rodas praticamente alinhadas. A Honda já está apoiada na borda do pneu traseiro e com a roda dianteira virada no sentido contrário da curva, indicando que o piloto está executando a manobra clássica de controlar a roda traseira escorregando para levantar a moto mais rápido e obter maior tração nos metros finais. A estratégia de Márquez funcionou, ele venceu a prova, com Dovizioso em segundo e Vinales fechou o pódio, os três com um intervalo de pouco menos de 0,250 segundos.

A técnica de condução utilizada por Márquez nesta ultrapassagem é herança dos pilotos formados em pistas de terra (dirty tracks) e foi desenvolvida quase à perfeição na MotoGP por Casey Stoner, o último vencedor de um mundial com uma Ducati em 2007. Uma comparação entre o atual campeão e o genial australiano mostra que ambos têm estilos semelhantes. A característica de condução de Casey era metódica e limpa, a de Marc mais instintiva. Stoner exercia um domínio sobre a moto dificilmente encontrado nos competidores atuais, não colocava o cotovelo no chão como Márquez, mas o ângulo de inclinação ao atacar uma curva era semelhante ao do atual campeão.

A MotoGP cria mitos e os define como verdades absolutas como, por exemplo, Casey tinha controle absoluto sobre o timing da aceleração e Marc se adapta melhor às mudanças de comportamento da moto durante uma prova. Ainda no tempo em que o composto dianteiro da Bridgestone tinha uma eficiência absurda de frenagem, Casey desenvolveu a técnica de utilizar o freio traseiro da Honda para obter maior velocidade nas saídas de curvas, Marc aprendeu com o australiano e o seu dom natural de improvisação justifica os atuais resultados nas pistas.

Cal Crutchlow em uma entrevista recente declarou que “Casey é a razão pela qual todos nós (pilotos Honda) utilizamos o freio traseiro. Ele controlava o acelerador e o freio traseiro com perfeição e, junto com Marc Márquez, criou um problema permanente para os pilotos de equipamentos Honda, eles são tão bons que todos os outros que conduzem uma RC213V parecem lentos”.  Perguntado sobre o que esperava de Jorge Lorenzo na equipe oficial o britânico não se furtou a dar a sua opinião: “É muito difícil antecipar qualquer avaliação porque ele é um piloto fantástico, entretanto imagino que ainda não saiba como extrair o máximo de uma Honda. Jorge é talentoso e pilota com naturalidade, talvez mais do que qualquer outra pessoa. Para o descrever com uma palavra diria metronômico, repetitivo. Quando Lorenzo estava na Yamaha suas parciais durante voltas seguidas eram muito semelhantes”.

Em 2016 quando a Michelin assumiu o fornecimento exclusivo de pneus as mudanças foram radicais, as características de maior grip dos pneus migraram do composto dianteiro para o traseiro. Esta alteração, junto com outras como o uso coercitivo da ECU padronizada, criou condições para uma temporada atípica com a vitória de 9 pilotos nas 18 etapas. A Ducati já utilizava o freio traseiro para domar a potência de seu motor e deu um salto de qualidade em 2017, levando a decisão do mundial até a última etapa. A adaptação de Lorenzo com a Desmosedici GP17 fui prejudicada pela falta de hábito em usar o freio traseiro, em 2018 o tricampeão mundial já dominava melhor a nova técnica de pilotar e os resultados apareceram.

Falta menos de um mês para a prova inicial da nova temporada e todas as fábricas estiveram presentes nos três dias da primeira seção oficial de treinos da temporada 2019 realizada na Malásia. O clima colaborou, normalmente nesta época costuma chover em algum período no circuito de Sepang, que resulta em limpar a pista eliminado a borracha acumulada que aumenta a aderência do piso. Não houve uma gota d’água nos três dias do teste, proporcionando condições excepcionais para um bom desempenho dos protótipos.

Aprilia 
Foi uma semana de altos e baixos para a fábrica italiana. Aleix Espargaró ficou entusiasmado com a RS-GP 2019, acreditando que o desenvolvimento está na direção certa. O protótipo apresentou boa velocidade e ritmo estável, o piloto sentiu-se confortável com os freios, a única coisa que faltou foi maior potência do motor.
Andrea Iannone teve uma participação pífia, faltou ao teste “shakedown” de domingo, um período na quarta e quinta-feira e todo o último dia. Pela versão oficial da equipe foram efeitos colaterais de antibióticos utilizados para tratar a infecção de um dente, nos boxes os comentários eram de que ele teria feito uma cirurgia plástica recentemente. Iannone é um piloto competente e com mais talento que muitos que estão no grid da MotoGP, já venceu uma prova, acumulou poles e pódios e já fez parte das equipes oficiais da Ducati e Suzuki. Ele parece encontrar maneiras de sabotar sua própria carreira e desperdiçar as chances que lhe são oferecidas. Chefes de equipe costumam ter paciência com os pilotos talentosos, entretanto tudo tem um limite.

Ducati 
Visualmente a Ducati foi a fabricante que apresentou o maior número de novidades: um novo pacote aerodinâmico; o retorno do braço de torque; a tampa do reservatório entalhada e ventilada para auxiliar o resfriamento e o mais instigante, uma alavanca tipo borboleta (wingnut) sobre a barra superior da direção, que pode (ou não) ser utilizada para comandar alguma traquitana dentro da caixa de salada montada na traseira. Os resultados apareceram nas quatro primeiras posições do quadro geral dos tempos. Danilo Petrucci comandou a esquadra italiana, seguido de Pecco Bagnaia (GP18), Jack Miller e Andrea Dovizioso. 
Bagnaia é um aprendiz rápido, inteligente, disposto a aproveitar todas as oportunidades que tiver. Uma volta rápida prova seu potencial, porém o verdadeiro teste virá durante as corridas quando tiver que gerenciar pneus e maximizar o desempenho ao longo de cada fase da prova. 
A Desmosedici GP19 é uma moto rápida, mas Dovizioso não se entusiasma muito com o resultado do teste, ele entende que o ritmo de corrida de Maverick Vinales e Alex Rins está um pouco melhor que o da Ducati.
Honda 
A Honda operou uma quase uma clínica de fisioterapia em Sepang. Dos três principais pilotos da Honda, Jorge Lorenzo não compareceu por causa de uma fratura no escafoide em processo de consolidação, Cal Crutchlow ainda se recupera do acidente que destruiu seu tornozelo e o retirou das últimas provas da temporada passada e Marc Márquez está sem as melhores condições por ter recentemente operado o ombro. A performance de Marc Márquez no topo da tabela de tempos do primeiro dia serviu mais para provar a si próprio que ainda pode ser veloz com a RC213V. O britânico conseguiu rodar o tempo todo, embora sem poder calçar direito a bota e com um pouco de rigidez no tornozelo direito, que dificulta o acionamento do freio traseiro. 
As observações foram centradas em Stefan Bradl, piloto de testes, porque Takaaki Katagami pilota um modelo Especificação B. Bradl é um piloto excepcional, rápido o suficiente para ser competitivo, inteligente e observador o suficiente para fornecer feedback para a engenharia, mas se fosse tão bom quanto Márquez, Lorenzo e Crutchlow não seria só um piloto de testes.
Mesmo com todas as limitações enfrentadas em Sepang, a Honda deixou os concorrentes preocupados. Nas poucas voltas que realizou Márquez, mesmo com o ombro incomodando e não se arriscando para evitar quedas, conseguiu voltas rápidas. A LRC de Crutchlow foi muito consistente e Bradl conseguiu bons resultados, O que impressionou os concorrentes é que houve muito poucas reclamações, os três pareciam satisfeitos com a moto. Provavelmente Marc e Jorge não estejam nas melhores condições na abertura da temporada, mas com certeza se apresentam como candidatos ao título.

KTM 
Os austríacos levaram para Sepang uma infinidade de peças para serem testadas. Houve progressos evidentes, Pol Espargaró sentiu que a moto está melhor em quase todas as áreas, suas fragilidades estão sendo gradualmente reduzidas e há muito trabalho para ser feito.
A contratação de Johann Zarco pela equipe já apresenta resultados, o piloto francês foi mais rápido que Pol Espargaró na quinta e repetiu o feito na sexta-feira. Ainda é muito cedo, mas parece que ao KTM tem equipamento e piloto para alçar voos mais altos em 2019.
Um fato extremamente positivo é que a moto responde bem tanto ao estilo selvagem de Pol Espargaró como à pilotagem precisa de Johann Zarco. Isso é um sinal de que a base da moto é sólida, estão em um estágio de ajustar detalhes, não em construir algo revolucionário.
O ritmo de Miguel de Oliveira foi uma boa surpresa para a KTM, O piloto estreante da equipe satélite Tech3 ficou a décimos de segundo de pilotos bem mais experientes e não sentiu muito a mudança de categoria. 
Suzuki 
O teste de Sepang sugere que a Suzuki aproveitou muito bem as concessões na temporada passada, como já demonstrava o resultado das últimas provas em 2018. A nova carenagem deu maior aproveitamento para a potência do motor e melhorou a velocidade máxima. Durante os testes o ritmo de corrida de Alex Rins foi inferior apenas ao apresentado por Maverick Vinales.
Apesar da pouca idade (23) e estar apenas a dois anos na MotoGP, Rins está liderando o desenvolvimento da Suzuki com bons resultados. Seu colega de equipe, o novato Joan Mir, também mostrou boa adaptação na categoria principal.

Yamaha
Um dos resultados mais evidentes do período de teste em Sepang foi a mudança do humor no box da Yamaha, Maverick Vinales voltou ao otimismo do início da temporada de 2017, quando venceu as duas primeiras provas.
Com um ritmo de corrida excelente na quinta e sexta-feira, a M1 foi rápida com pneus macios novos ou usados, Valentino Rossi não brilhou no quadro dos tempos, porém seu otimismo não foi menor que o do companheiro. Cada piloto trabalha nas seções de testes com uma agenda diferente, Rossi concentrou sua atenção na aceleração e consumo de pneus. A sentimento no box da Yamaha foi que o estremecimento entre os pilotos e os engenheiros de desenvolvimento no Japão são coisas do passado.
Outra boa notícia para o fabricante foi o excelente desempenho de Franco Morbidelli da satélite Petronas SIC. O piloto adaptou-se muito bem e ficou entre os “top ten” no quadro geral.
PS: Depois da realização dos testes as casas de apostas de Londres incluíram Rins junto a Márquez, Lorenzo e Vinales como prováveis candidatos ao título de 2019.


domingo, 3 de fevereiro de 2019

MotoGP – Início da temporada de 2019


Ângulos medidos pela plataforma inercial



Os primeiros testes oficiais de 2019 iniciam no próximo dia 8 de fevereiro em Sepang na Malásia. Embora a mídia especializada não tenha antecipado nenhuma grande alteração é certo que novidades técnicas devem surgir, uma vez que cada equipe continua a desenvolver seus equipamentos em busca de décimos de segundo que possam decidir uma prova.



Uma alteração é obrigatória, a utilização da plataforma inercial (IMU) padronizada, a exemplo do que foi feito com a central eletrônica (ECU) em 2016. A IMU informa para a ECU, entre outras coisas, os ângulos de inclinação da moto, entretanto como este valor é obtido pelo resultado de medições de diversos sensores (giroscópios), existe um processamento de informações antes de um número ser encaminhada para a ECU. Para evitar que alguma equipe utilize esta oportunidade para obter vantagens, a Federação Internacional de Motociclismo e o Diretor de Tecnologia da MotoGP decidiram por uma IMU idêntica para todas as equipes, com o objetivo de favorecer a competitividade.



A MotoGP apresenta novidades na composição do Grid para 2019 promovendo a renovação com quatro pilotos estreantes, que apresentaram excelentes performances nas classes de acesso (Moto2 e Moto3), Francesco Bagnaia (Italiano - Alma Pramac Racing), Miguel Oliveira (Português - Tech 3 Racing KTM), Joan Mir (Espanhol - Team Suzuki Ecstar) e Fabio Quartararo (Francês - Petronas Yamaha SIC).



Houve também muita movimentação entre equipes e pilotos. A Petronas SIC (Sepang International Circuit) que participava da Moto2 herdou as vagas que pertenciam a Ángel Nieto Racing e vai atuar como satélite da Yamaha, em uma situação distinta da Tech3 em 2018 que alugava equipamentos que participaram de temporadas anteriores.  Um de seus pilotos, o campeão mundial de 2017 na Moto2 Franco Mordidelli, deve utilizar uma M1 Especificação “A”, com o mesmo nível de atualização das motos de Valentino Rossi e Maverick Vinales da equipe oficial de fábrica. A segunda moto da equipe que deve ser pilotada pelo francês Fábio Quartararo, uma M1 Especificação B que participou do mundial de 2018.



A temporada se 2019 inicia alinhando duas motos a menos no grid pela desistência da Marc VDS. As fabricantes Honda e Ducati competem com duas motos a menos cada e a KTM com duas a mais, as vagas criadas pela desistência da Ángel Nieto (Ducati) foram compensadas pela criação da Petronas SIC e a retirada da Marc VDS privou a Honda de dois equipamentos. A Tech3 encerrou uma parceria de 20 anos com a Yamaha e assinou um contrato para operar como satélite da KTM, com direito a utilizar equipamentos com o mesmo nível de desenvolvimento da equipe oficial. A fábrica austríaca deve alinhar no grid de largada quatro máquinas RC16 praticamente idênticas, na equipe oficial pilotadas por Johann Zarco e Pol Espargaró e na satélite com o novato Miguel Oliveira e o tailandês Hafizh Syahrin.



A análise dos pilotos relacionados para a temporada de 2019 contempla alguns fatos interessantes, por exemplo, o mais velho Valentino Rossi que faz 40 anos em 17 de fevereiro, tem o dobro da idade do mais jovem, Fabio Quartararo, com apenas 19. Danilo Petrucci é o mais alto (1,81m) e mais pesado (78kg), Andrea Dovizioso é o mais baixo (1,67m) e Joan Mir o mais leve (60kg). A média de idade é pouco mais de 26,8 anos. O mais experiente é Valentino Rossi que disputa o mundial a 24 anos, 20 na classe principal (500cc e MotoGP), esteve presente em 383 largadas e é o maior vencedor em atividade, 115 vitórias e 10 títulos mundiais. Os números de seu currículo não têm possibilidade matemática de serem superado nas próximas duas temporadas. Embora seu último título mundial tenha sido em 2009, desde o seu regresso para a Yamaha em 2015 depois de duas temporadas frustrantes na Ducati, acrescentou a seu histórico apenas 7 vitórias, 4 em 2015, 2 em 2016, uma em 2018 e um ano sabático em 2018. Repsol-Honda e Ducati adotaram estratégias diferentes para 2019, enquanto a equipe espanhola aposta na excelência de seus dois pilotos (Márquez e Lorenzo) e não pretende impor uma hierarquia na equipe, os italianos deixaram explícito que todo o esforço será concentrado em Andrea Dovizioso e que Danilo Petrucci deve ser apenas uma opção.




A relação dos pilotos inscritos no Mundial de 2019 é a seguinte: